terça-feira, 28 de maio de 2013

Uma boa notícia

Embora eu tenha nascido no Dia de Finados (sim, acreditem!), nunca foi muito íntima da morte. Quando eu era criança, ficava doente quase sempre no dia do aniversário. Sempre tive medo de ver espíritos e fugi, enquanto pude, dos velórios e enterros.
Quando me tornei jornalista, tive que aprender a lidar com o assunto. Especialmente no período em que fui repórter do Jornal Agora e correspondente da Zero Hora em Rio Grande, foram incontáveis matérias de acidentes, homicídios e latrocínios que fiz, cenas trágicas que visitei. Cobri até a morte de dois prefeitos, o de Rio Grande, Wilson Mattos Branco, em 2000, e o de Jaguarão, Vitor Hugo Rosa, em 2003.
Em 2001, a morte me olhou de frente. Levou minha única irmã, aos 18 anos, vítima de um câncer. No ano passado, meu pai também morreu vítima da mesma doença. O trauma ajudou a entender que não tem muito jeito e que morrer não é uma escolha. Sarcasticamente, a morte faz parte da vida.
Com o tempo, passei a conviver melhor com o assunto mas confesso que, com onascimento da Marina, a coisa degringolou. Não consigo mais ler matérias de acidentes trágicos e não lido bem com as perdas. Mas, mais do que isso, não suporto a ideia de ficar doente e deixar minha filha prematuramente, ou de perdê-la.
Sei que o tema é meio down, mas só falo sobre ele aqui porque a notícia é boa. Aliás, esse foi o assunto do e-mail que hoje pela manhã enviei para a minha mãe e para três amigas próximas para contar que o resultado de um exame que fiz tinha sido positivo (na verdade, negativo, mas com efeito positivo).
No início do mês de maio, fiz a minha primeira mamografia, acompanhada de uma ecografia. Tenho 35 anos e a ideia era apenas um exame de rotina, para servir de parâmetro para os futuros. Mas a médica identificou que eu tinha um nódulo de aparência estranha no seio.
Vivi por semanas a angústia de estar doente. Noites sem dormir, uma montanha-russa de sentimentos. Pensava na Marina, pensava na minha mãe. E pensava até na Angelina Jolie.
biópsia feita na última quinta-feira indicou que meu nódulo de aparência esquisita é benigno, comum, provavelmente me acompanha há bastante tempo. Um alívio enorme tomou conta de mim de repente. E é por isso que estou contando a história aqui, para celebrar. E é também para aconselhar as mamães que estão me lendo a fazerem seus exames periodicamente.
Saibam vocês que infelizmente nós, as gaúchas, estamos entre as brasileiras com maior risco de desenvolver câncer de mama. Porto Alegre é a capital de mais proporção de casos novos em relação à população feminina, e o Rio Grande do Sul é o segundo Estado em incidência desse tipo de tumor. Fatores como o perfil da população e hábitos nocivos como o tabagismo estão entre as hipóteses para a situação, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Com base em estimativas para o ano de 2012, o Inca aponta incidência de 81 casos para cada 100 mil gaúchas - taxa 54% superior à média nacional de 52,5. Entre as capitais, Porto Alegre assume larga e preocupante vantagem - 125,6 registros por 100 mil mulheres, o que representa 61% a mais do que a média verificada entre essas cidades. Saiba mais sobre o assunto na seção Bem-Estar.
Graças aos avanços da medicina, o câncer de mama tem um percentual muito elevado de cura, se detectado prematuramente. Também há medidas que ajudam a prevenir a doença. Fiquem ligadas e informadas.
Saúde para ver nossos filhos crescerem é o que desejo a todas nós.

Anvisa suspende importação e venda de remédio contra câncer de mama

Anastrol 1 mg não atende às exigências de regulamentação da agência. Empresa de Porto Alegre é responsável pelo registro do produto no país.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a importação, a distribuição, o comércio, a divulgação e o uso em todo o país do medicamento Anastrol 1 mg, usado contra o câncer de mama. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (27).
Segundo o texto, todos os lotes do remédio – cujo princípio ativo é a substância anastrozol, usada via oral – foram proibidos pela Anvisa por uma questão de interesse sanitário, já que o produto não atendia às exigências de regulamentação da agência.
O Anastrol 1 mg havia sido registrado pela empresa Laboratórios Libra do Brasil S.A., localizada no bairro de Navegantes, em Porto Alegre.
De acordo com o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, a importação do Anastrol foi suspensa devido a condições indevidas de fabricação. Ele afirma que o relatório de inspeção apontou falha na capacidade da empresa de preservar a qualidade do produto.
“Há um problema de certificação e de condições de boas práticas de fabricação em relação a empresa que produz esse medicamento. Quando há recomendação da área técnica [da Anvisa], a diretoria publica a suspensão da importação até que a empresa se manifeste sobre a possibilidade de reverter aquela situação”, afirmou o diretor.

A empresa Laboratórios Libra do Brasil S.A. foi procurada pelo G1, mas não se posicionou a respeito da suspensão. 

Brasil aprova remédio contra câncer

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo medicamento para tratar o câncer de mama avançado. O pertuzumabe é indicado para pacientes que apresentam o câncer HER2 positivo em fase metastática (que espalhou pelo corpo), tipo agressivo que corresponde de 15% a 20% de todos os casos de câncer de mama. Estudos mostraram que, combinado ao tratamento padrão, o remédio reduz o risco de vida e retarda a progressão da doença.


A decisão da Anvisa, publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União, foi baseada nos resultados da última fase de uma pesquisa feita com 808 pacientes com câncer de mama metastático HER2 positivo. A HER2 é uma proteína envolvida no crescimento normal das células, mas nesse tipo de câncer de mama ela aparece em grande quantidade e favorece o crescimento das células cancerígenas. A função do pertuzumabe é justamente a de inibir a ação dessa proteína e impedir a proliferação do tumor.


O estudo comparou a expectativa de vida de pessoas submetidas ao tratamento padrão contra a doença – ou seja, o medicamento trastuzumabe junto à terapia quimioterápica — à de pacientes submetidos à terapia padrão combinada com o pertuzumabe. Segundo os resultados, pacientes que foram submetidos à abordagem com a nova droga, em comparação com o outro grupo, permaneceram, em média, 6,1 meses a mais livres da progressão da doença. Eles também apresentaram um risco 34% menor de morrer.


O pertuzumabe, que já havia sido aprovado na Europa e nos Estados Unidos, será vendido no Brasil com o nome comercial Perjeta. Segundo a Roche, farmacêutica responsável pela produção do remédio no país, o preço da droga no mercado brasileiro ainda não está definido.


Fonte: Instituto OncoguiaA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo medicamento para tratar o câncer de mama avançado. O pertuzumabe é indicado para pacientes que apresentam o câncer HER2 positivo em fase metastática (que espalhou pelo corpo), tipo agressivo que corresponde de 15% a 20% de todos os casos de câncer de mama. Estudos mostraram que, combinado ao tratamento padrão, o remédio reduz o risco de vida e retarda a progressão da doença.


A decisão da Anvisa, publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União, foi baseada nos resultados da última fase de uma pesquisa feita com 808 pacientes com câncer de mama metastático HER2 positivo. A HER2 é uma proteína envolvida no crescimento normal das células, mas nesse tipo de câncer de mama ela aparece em grande quantidade e favorece o crescimento das células cancerígenas. A função do pertuzumabe é justamente a de inibir a ação dessa proteína e impedir a proliferação do tumor.


O estudo comparou a expectativa de vida de pessoas submetidas ao tratamento padrão contra a doença – ou seja, o medicamento trastuzumabe junto à terapia quimioterápica — à de pacientes submetidos à terapia padrão combinada com o pertuzumabe. Segundo os resultados, pacientes que foram submetidos à abordagem com a nova droga, em comparação com o outro grupo, permaneceram, em média, 6,1 meses a mais livres da progressão da doença. Eles também apresentaram um risco 34% menor de morrer.


O pertuzumabe, que já havia sido aprovado na Europa e nos Estados Unidos, será vendido no Brasil com o nome comercial Perjeta. Segundo a Roche, farmacêutica responsável pela produção do remédio no país, o preço da droga no mercado brasileiro ainda não está definido.


Fonte: Instituto Oncoguia

Tratamento contra câncer de mama ganha reforço no Icesp

Com projeto inédito no Brasil, tratamento utiliza o uso do remo para reabilitação de pacientes com câncer.

O Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo) recebeu da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, segunda-feira, 27, um equipamento que simula o remo e auxilia as pacientes com câncer de mama no processo de reabilitação. O Remama foi inspirado em um modelo internacional e é pioneiro no país para a reabilitação de pacientes em tratamento desse tipo de câncer.
A ação terá três estágios: primeiro as pacientes que passaram por cirurgia ou sessões de quimioterapia farão exercícios de remada realizados no Icesp, posteriormente treinarão no "barco escola" no Centro de Práticas Esportivas da Universidade de São Paulo e, por fim, 
farão os exercícios na Raia Olímpica de Remo da USP.

O exercício desenvolvido pelo remo trabalha a musculatura, especialmente da região peitoral, contribuindo para o aumento da capacidade aeróbica e para o ganho de massa muscular. O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres em todo o mundo, mas também acomete homens na proporção de um paciente do sexo masculino para dez mulheres.

Fonte: SP Noticias.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Especialistas alertam contra corrida para testes de câncer

O exame genético ao qual a atriz Angelina Jolie se submeteu antes de decidir fazer uma mastectomia dupla (retirada dos dois seios) está ajudando milhares de outras pessoas a prevenir a doença ao redor do mundo.

O teste, que pode ser feito a partir de amostras de sangue ou de saliva, detecta a presença de mutações genéticas bastante raras que, segundo especialistas, estariam fortemente associadas a casos hereditários de câncer de mama e de ovário - em especial, falhas nos genes conhecidos como BRCA1 e BRCA2.

Segundo Julie Sharp, da organização Câncer Research UK, em geral, o teste é indicado para pessoas que têm um histórico familiar considerado de alto risco. E em alguns países, como a Grã-Bretanha, é oferecido gratuitamente pelo sistema de saúde público para indivíduos desse grupo.

"E por pacientes com 'histórico familiar de risco' entendemos pessoas que têm um número significativo de parentes próximos que tiveram câncer cedo, antes dos 50 anos", explicou Sharp à BBC Brasil. Era esse o caso de Angelina, cuja mãe desenvolveu câncer por volta de 46 anos.

No Brasil, a rede pública não oferece esse exame genético "preventivo" - realiza apenas a mamografia, o exame clínico mais indicado para o diagnóstico do câncer de mama. No entanto, ele está disponível em clínicas e hospitais privados, onde o valor pode variar de R$ 3 mil a R$ 8 mil e é coberto por alguns planos de saúde.

Entre os locais que oferecem o exame estão, por exemplo, o laboratório Fleury e o Gene. A empresa americana InterGenetics também tem um convênio com médicos brasileiros que lhes permite enviar amostras para serem analisadas em seus laboratórios nos Estados Unidos.

Evitar o 'pânico'

Médicos brasileiros acreditam que a decisão de Angelina é importante para informar a população sobre a existência desse exame, mas também ressaltam o fato de que a análise do histórico familiar é sempre o primeiro passo.

"A estratégia que ela tomou (de fazer o exame e a cirurgia) já existe há alguns anos e é válido que seja divulgada. Mas o mais importante é que ela não seja uma estratégia que cause pânico, levando muito gente a fazer o teste sem indicação médica apropriada", afirma o oncologista e pesquisador do INCA (Instituto Nacional do Câncer), José Bines.

"Antes de mais nada, é preciso conversar com o médico para ver se há possibilidade um câncer hereditário. A discussão sobre o histórico da família é a base para todo o diagnóstico", diz.

O geneticista Sérgio Pena, do laboratório Gene, também acredita que ninguém deve fazer o teste automaticamente, sem antes consultar um geneticista.

"Há um conjunto de indicações que, se reunidas, justificariam um teste desses, como a presença na família do pai ou da mãe de vários casos de câncer de mama, especialmente os precoces (antes dos 50 anos), parentes com esse tipo de tumor nas duas mamas e predisposição familiar para câncer de ovário", afirma Pena.

Segundo Sharp, o paciente pode pedir a um parente com um diagnóstico confirmado de câncer que submeta seu material genético para exames com o objetivo de ajudar os médicos a entenderem onde exatamente está a mutação que poderia ser transmitida hereditariamente. Pena diz que o mesmo procedimento é adotado no Brasil.

Segundo especialistas, nos casos em que uma falha é detectada no gene BRCA1, por exemplo, o risco de seu portador desenvolver câncer varia de 50% a 95% dependendo de uma série de outros fatores - como seu histórico familiar. Para Angelina Jolie, tal risco seria de 87%.

Risco

De acordo com a médica do Câncer Research UK, as mutações genéticas hereditárias conhecidas seriam responsáveis por apenas 2% dos casos de câncer de mama registrados.

Isso ajuda a entender por que um teste negativo em um exame genético não é garantia de que o paciente não desenvolverá a doença. Além disso, especialistas estão apenas começando a mapear as mutações genéticas hereditárias que estariam associadas ao câncer.

Caso o teste de uma paciente indique um alto risco de desenvolver um tumor, ela tem três opções segundo Sharp.

A primeira, e mais extrema, é a retirada dos seios, pela qual Angelina optou.

A segunda seria a realização frequente de exames como ressonâncias e mamografias.

Por fim, ela também poderia optar por tomar uma substância que especialistas acreditam reduzir significativamente as chances de desenvolvimento da doença (o tamoxifem), embora tal tratamento ainda esteja em fase de testes.

Nenhum desses métodos, porém, elimina totalmente o risco de câncer de mama e ovários.

Mesmo na mastectomia, tal risco é reduzido em cerca de 90%, mas ainda existe - até porque os médicos dificilmente conseguem extrair absolutamente todas as células da mama.

Além disso, esse risco remanescente também pode variar dependendo, por exemplo, da decisão da paciente de retirar ou manter o mamilo.

Fonte: UOL Saúde.

Expectativa de vida de mulheres com câncer de mama triplica em 10 anos

A expectativa de vida das mulheres com câncer de mama triplicou nos últimos 10 anos, segundo um estudo do Centro Oncológico MD Anderson da Universidade do Texas (EUA) que constatou que 88% das vítimas da doença vivem pelo menos cinco anos após o diagnóstico - há uma década, esse percentual era de 27%.
O dado promissor foi revelado em entrevista à Agência Efe por Gabriel Hortobagyi, diretor do Programa de Pesquisa em Câncer de Mama do centro médico americano após participar na última semana de uma conferência sobre o tema nas cidades espanholas de Madri, Valência e Barcelona.
Hortobagyi explicou que a expectativa de vida de mulheres com a doença aumentou de forma "espetacular" na última década, até o ponto que este tipo de câncer pode perder em breve o segundo lugar na classificação de tumores letais mais comuns.
O pesquisador citou a conquista no uso de fármacos contra determinadas moléculas de tumor que impulsionam o desenvolvimento da doença. Ele citou a descoberta do biomarcador HER 2, um dos primeiros passos no tratamento de tumores sólidos. "Graças ao trastuzumab (seu nome comercial é Herceptin) e a outros remédios que foram desenvolvidos posteriormente, a sobrevivência das pacientes com tumores HER 2 positivos fez com que passassem de ser o subtipo de pior previsão a quase ser o de melhor", precisou.
Hortobagyi afirmou que algo similar aconteceu com outros tumores, embora "talvez não na mesma proporção", como ocorre com a leucemia, que é curada em quase todos os casos, mas também em outros processos oncológicos como o câncer colorretal, o de rim ou o melanoma, com progressos "muito significativos".
O mais importante, na sua opinião, é que esse avanço ocorreu graças à pesquisa, e os dados obtidos foram utilizados em parte pela indústria farmacêutica para desenvolver novos tratamentos. "O certo é que com os conhecimentos que temos hoje em dia e os recursos necessários, o progresso nos próximos 20 anos vai ser ainda maior. Sou muito otimista", enfatizou.
Levando em conta que os avanços cada vez se dirigem a subtipos mais concretos de pacientes, o pesquisador ressaltou que "os critérios das agências reguladoras - como a FDA nos EUA ou a EMA na Europa - têm que mudar", da mesma forma que os da comunidade científica. "Não podemos esperar que as agências nos deem simplesmente um cheque em branco", disse Hortobagyi.
Ele ressaltou que um dos temas mais relevantes da medicina personalizada é o desenvolvimento e a validação de biomarcadores, de estudos ou teste que permitam identificar um subgrupo de pacientes que serão beneficiados com um medicamento e quais não. "Até o momento não fomos muito bem, já que não contamos com conquistas maciças neste campo. No caso concreto do câncer de mama, nos últimos 50 anos foram propostos mais de 800, mas só 4 ou 5 biomarcadores foram validados", afirmou.
Hortobagyi confia que as agências avaliarão que o investimento de uma companhia para desenvolver um medicamento é "muito considerável", de até US$ 2 bilhões. "Há dez anos era mais ou menos a metade, mas como cada vez são necessários estudos mais amplos e detalhados, com objetivos definitivos, aumentou ainda mais o custo", advertiu.

Fonte: Terra Saúde.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Exercício aeróbico reduz risco de cancro da mama


Exercício aeróbico reduz risco de cancro da mama
O exercício físico pode reduzir o risco de desenvolvimento de cancro da mama ao alterar a forma como os estrogénios - hormonas sexuais femininas - são "decompostos", transformando-se em "subprodutos" bons para a saúde que contribuem para prevenir o aparecimento da patologia.
 
A conclusão é de um grupo de investigadores norte-americanos da Universidade de Minnesota, que descobriu que as mulheres que praticam atividade física - em particular exercício aeróbico - de forma regular produzem "subprodutos" dos estrogénios diferentes daquelas que levam uma vida saudável e que é aí que pode estar o segredo da prevenção.
 
"Várias investigações têm sugerido que a atividade física reduz o risco de cancro da mama, mas não há estudos clínicos que expliquem o porquê. O nosso é o primeiro estudo a provar que o exercício aeróbico influencia a forma como o organismo decompõe os estrogénios para produzir uma maior quantidade das substâncias boas que diminuem a probabilidade da doença", explica Mindy Kurzer, que coordenou o trabalho, em comunicado.
 
Os investigadores levaram a cabo um ensaio clínico (que recebeu o nome de Women In Steady Exercise Research - WISER) envolvendo 391 mulheres jovens, saudáveis, sedentárias e na pré-menopausa. As participantes foram divididas em dois grupos consoante a idade e o índice de massa corporal: 179 ficaram num grupo de controlo e 212 no grupo de intervenção.
 
As mulheres do grupo de controlo mantiveram o estilo de vida sedentário ao longo de todo o estudo, ao passo que as restantes passaram a cumprir 30 minutos diários de exercício aeróbico (moderado a vigoroso) cinco vezes por semana durante 16 semanas.
 
Durante o processo, os especialistas foram ajustando a intensidade do exercício às caraterísticas de cada voluntária para que o ritmo cardíaco máximo fosse uniforme entre todas as participantes. Além disso, recolheram amostras diárias de urina nos três dias antes e depois do estudo.

Mecanismo por trás do fenómeno está por descobrir
 
A equipa mediu, então, os níveis de três tipos de estrogénios e nove dos seus "subprodutos" - os chamados metabolitos - nas amostras de urina, tendo observado que aquelas que se exercitavam regularmente produziam mais 2-OHE1 e menos 16alpha-0HE1, o que aparece associado à redução do desenvolvimento de cancro da mama. Nos casos em que não existiu prática de exercício, não houve alterações.
 
"O exercício, que, como sabemos, melhora a aptidão física e a saúde do coração, também ajuda, portanto, a prevenir o cancro da mama, alterando o metabolismo do estrogénio", afirma Kruzer, defendendo, porém, que "é muito importante decifrar os mecanismos biológicos por trás deste fenómeno".
 
O seguimento do estudo, publicado na revista científica Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, da American Association for Cancer Research, vai passar pela realização de ensaios semelhantes em mulheres com elevado risco de desenvolver a doença, que contarão com a colaboração de especialistas da Universidade da Pensilvânia.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Modelo com câncer de mama usa redes sociais para enfrentar a doença


Flávia se fantasia e publica fotos na internet para melhorar autoestima e ajudar outras mulheres


A modelo Flávia Flores, de 35 anos, de Santa Catarina, usa as redes sociais para enfrentar o câncer de mama.

Com muito bom humor, ela publica fotos na internet, fantasiada de personagens do cinema. Segundo ela, a intenção é levantar sua autoestima.

Além de modelo, Flávia também trabalhou como professora de manequim e figurinista durante vinte anos. Quando pensou em largar a profissão, ela recebeu a notícia de que estava com câncer.

No início do tratamento, Flávia se submeteu a uma mastectomia (retirada dos seios). Já com a quimioterapia, ela perdeu os cabelos, cílios e sobrancelhas.

Apesar de tudo, a modelo não deixou de lado a feminilidade. Hoje, pelas redes sociais, ela ajuda outras mulheres a enfrentar os efeitos colaterais (perda de memória, dores de cabeça) do câncer de mama.

— Eu quero ensinar esse grupo a cuidar da beleza para se tornarem mulheres mais resolvidas com a vida.

Apesar do câncer de mama, modelo nunca perdeu a feminilidade.