quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Tecnologia de Portugal ajuda em tratamento de câncer de mama

Pesquisadores da Universidade de Coimbra criaram nanopartícula para levar o medicamento diretamente às células cancerígenas, aumentando eficácia do tratamento.

Por causa de sua composição, a nanopartícula consegue chegar com mais facilidade às células doentes e, ao encontrá-las, libera o medicamento de tratamento.

Lisboa – Pesquisadores portugueses desenvolveram uma nanotecnologia que aumenta a eficácia terapêutica da quimioterapia para pacientes com câncer de mama, além de evitar alguns efeitos colateiras provocados pelo tratamento.

A nanopartícula usada para levar o medicamento às células cancerígenas foi desenvolvida no Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) e da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra. Na semana passada, a Universidade de Coimbra conseguiu reconhecer nos Estados Unidos a patente da nanopartícula registrada com o nome de Pegasemp™.

Segundo a universidade, a tecnologia transporta o medicamento que mata as células cancerígenas e destrói os vasos sanguíneos que alimentam o tumor – o que impede o câncer de se alastrar no organismo e diminui riscos de reincidência. Por causa de sua composição, a nanopartícula consegue chegar com mais facilidade às células doentes e, ao encontrá-las, libera o medicamento de tratamento.

A nanotecnologia é uma das áreas em que o Brasil tem interesse em manter um programa de cooperação com Portugal. Conforme divulgado em setembro passado pelo Itamaraty, uma comissão mista de ciência, tecnologia e inovação entre os dois países irá discutir cooperação nas áreas de nanotecnologia assim como biotecnologia e biocombustíveis.

A Universidade de Coimbra é o principal local de acolhimento de estudantes brasileiros que participam do Programa Ciência sem Fronteira em Portugal, e o CNC tem reconhecimento internacional.

Recentemente o centro anunciou o desenvolvimento de uma vacina oral contra a Hepatite B, considerada a mais perigosa das hepatites – segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 600 mil pessoas morrem anualmente em todo o mundo por causa da doença.

Fonte: Exame - Gilberto Costa da Agência Brasil.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Substância de frutas e vegetais pode reduzir risco de câncer de mama


Especula-se que os carotenoides podem ter efeitos anticâncer porque alfa-caroteno, beta-caroteno e beta-criptoxantina, em particular, são metabolizados e transformados em vitamina A, que regula o crescimento, o desenvolvimento e a morte das células Foto: Getty Images
Especula-se que os carotenoides podem ter efeitos anticâncer porque alfa-caroteno, beta-caroteno e beta-criptoxantina, em particular, são metabolizados e transformados em vitamina A, que regula o crescimento, o desenvolvimento e a morte das células
Carotenoides encontrados em frutas e vegetais podem reduzir risco de câncer de mama. Essa é a conclusão de uma revisão de oito estudos, realizada pelo Hospital Brigham & Women e pela Escola de Medicina de Harvard, ambos nos Estados Unidos. Os dados são do jornal Huffington Post
Os cientistas analisaram dados de 3055 mulheres com câncer de mama e 3956 sem o problema (grupo controle). Descobriram que as chances menores de desenvolver a doença estavam relacionadas a altos níveis de alfa-caroteno, beta-caroteno, licopeno, luteína e zeaxantina, bem como níveis de carotenoides totais. 
Especula-se que os carotenoides podem ter efeitos anticâncer porque alfa-caroteno, beta-caroteno e beta-criptoxantina, em particular, são metabolizados e transformados em vitamina A, que regula o crescimento, o desenvolvimento e a morte das células. “Também podem ser diretamente anticancerígenos por vários outros mecanismos, incluindo a melhoria da comunicação entre as células, o aumento do funcionamento do sistema imune ou eliminação de espécies reativas de oxigênio, o que pode inibir a desregulação celular ou danos no DNA”, escreveram os autores.